Embora já esteja certa a renovação da seleção para o Mundial dos Estados Unidos, a CBF continua a depender do jogador do PSG. Se ele quiser, estará no primeiro amistoso após a saída de Tite. Se não, tudo bem
São Paulo, Brasil
Daniel Alves, Thiago Silva, Danilo, Alex Sandro e Everto Ribeiro.
Eles não irão, por conta da idade, à Copa dos Estados Unidos, em 2026.
Haverá uma renovação no próximo Mundial.
Neymar é uma grande incógnita.
Ele terá 34 anos e meio.
Na CBF, há um desejo fervoroso de que ele consiga chegar até lá.
Já que ele continua a ser o jogador que ainda desperta o maior desejo dos adversários, em amistosos que chegam a render 2 milhões de dólares, cerca de R$ 10,3 milhões, por partida. Sem ele, o “cachê” cobrado é a metade.
Isso mesmo com a subida incrível tecnicamente de Vinícius Júnior, o midiático atacante do PSG que continua a ser o diferencial para partidas contra o Brasil.
Assim como Messi é para a Argentina.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, sabe muito bem a importância de Neymar.
Tanto dentro de campo como fora.
Ele sabe muito bem quão problemática a situação do meia/atacante é na França.
O desempenho é cada vez mais fraco no PSG.
As críticas só aumentam. Virou mero coadjuvante de Messi e, principalmente, Mbappé, a principal estrela do clube francês.
A proposta do Chelsea para a contratação de Neymar é para valer.
O clube inglês oferece 60 milhões de euros, cerca de R$ 332 milhões pelo jogador. O brasileiro custou, em 2017, 222 milhões de euros, cerca de R$ 1,2 bilhão. A desvalorização é mais que evidente.
O Chelsea é o primeiro clube que efetiva a proposta pelo brasileiro. A tendência segue mesmo que a família real do Catar, dona do PSG, o negocie. Para que possa buscar outros atletas importantes e “renovar” a equipe.
Ele só pode sair em junho, assim que acabar a temporada europeia.
Até lá, Neymar tem o grande desafio da Champions, no dia 8 de março, em que o PSG tenta reverter, na Alemanha, a desvantagem de 1 a 0 para o Bayern, sofrida ontem em Paris.
Caso a equipe não consiga, a pressão, que já é grande por sua saída, pela imprensa francesa, aumentará.
Neymar deixou bem claro à direção da CBF, assim que acabou a Copa do Catar, com mais um fracasso da seleção de Tite, que ele gostaria de seguir o exemplo de Messi, seu grande amigo. E se afastar por um período das convocações.
Buscar força psicológica, depois da terceira Copa do Mundo que jogou e perdeu.
Ainda no Catar, a notícia vazou.
Ednaldo segue na busca por Carlo Ancelotti, para entregar o cargo que era de Tite.
O treinador italiano, de 63 anos, é prioridade absoluta para a CBF.
Embora tenha contrato até junho de 2024, a entidade brasileira prepara um plano especial de trabalho para que ele aceite treinar a seleção.
Imitar a Argentina, que compactua com o treinador Lionel Scaloni morar na Espanha.
Se Ancelotti quiser, pode morar na Itália e treinar o Brasil, vindo para cá nos momentos em que acreditar serem fundamentais.
Continuaria na Europa, observando e conversando com os principais jogadores da seleção que atuam por lá.
Principalmente Neymar.
Por todos esses ingredientes, atuar ou não, no dia 25 de março, contra o Marrocos, no amistoso sob o comando do treinador interino Ramon Menezes, vai depender apenas do jogador.
A CBF o consultará para ver se ele está disposto a atuar na África.
A tendência é que não vá.
Mas Neymar é imprevisível.
Seu trauma psicológico passou.
Até que de maneira rápida.
Fez três festas no Brasil uma semana após a eliminação para a Croácia.
É evidente que os organizadores do amistoso querem Neymar.
A consulta da CBF ao seu camisa 10 deverá ser feita após a definição da continuação ou não do PSG na Champions League.
Porque o foco do clube e do jogador está no dia 8 de março.
Ou seja, quase 13 anos depois de sua estreia pela seleção, no dia 20 de agosto de 2010, contra os Estados Unidos, ela continua refém, dependente do jogador.
Jamais o Brasil passou por essa situação, em toda a história…